quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Bote Fé: Cruz e ícone das JMJ chegam a São Paulo neste domingo com reunião de católicos

Cerca de 80 mil fiéis católicos estarão reunidos em São Paulo no Campo de Marte neste domingo, 18, para o Bote Fé, o primeiro evento preparatório para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio de Janeiro em 2013. O Bote Fé marca a chegada ao Brasil da Cruz dos Jovens (também conhecida como Cruz da Jornada Mundial da Juventude) e do Ícone de Nossa Senhora.

Segundo assinala a nota da Rádio Vaticano, estes são os símbolos do maior evento mundial da juventude católica enviados com antecedência pelo Vaticano ao país que receberá o encontro.

O Bote Fé é promovido pela Arquidiocese de São Paulo e a CNBB (Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil) e contará com a presença de 50 bispos brasileiros.

A cerimônia no Campo de Marte terá início às 9h, com a presença do Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, do Presidente da Comissão Episcopal para a Juventude, Dom Eduardo Pinheiro, e do Assessor do setor Juventude da CNBB, Pe. Carlos Sávio. O Bote Fé se estenderá até as 21h, com testemunhos de jovens que já participaram de outras JMJ, espetáculo teatral, lançamento oficial do site JMJ Rio 2013 e das redes sociais ligadas a este, além de shows com cantores católicos de todo o país.

Os símbolos da JMJ sairão do Colégio Liceu Coração de Jesus em carro aberto do Corpo de Bombeiros, entre 14h30 e 15h, e entrarão no Campo de Marte às 16h, durante a procissão inicial da Santa 
Missa, momento em que também entrarão no Campo de Marte as bandeiras de todos os estados.

A Cruz e o Ícone vão percorrer 275 dioceses no Brasil até a vinda do 
Papa Bento XVI, em julho de 2013, para a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro. Os símbolos da Jornada devem passar por todos os 17 regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Estão também previstas 19 grandes festas nas capitais brasileiras, todas com o nome "Bote Fé".

Em dezembro de 2012, a Cruz e o Ícone deixam o Brasil e visitam Paraguai, Uruguai, Chile e Argentina; retornam em janeiro de 2013 para o Sul do Brasil. A etapa final acontecerá no Sul de Minas, no Vale do Paraíba (SP) e, finalmente, no Estado do Rio de Janeiro, onde chegam em abril de 2013.

O Sistema Canção Nova transmitirá o Bote Fé através da TV, Rádio, Facebook, WebTV e Portal Canção Nova durante todo o domingo, até às 21h.

Os missionários da Canção Nova vão se encarregar da animação nos períodos da tarde e noite. Dunga, Eliana Ribeiro, Adriano Gonçalves, Ricardo Sá e Ministério de Música Amor de Adoração irão preparar o público para o ponto alto do encontro: a chegada da Cruz dos Jovens ou Cruz da Jornada com 3,8 metros e o ícone de Nossa Senhora.

Entre os jovens que estarão no Campo de Marte para receber a cruz e o ícone, a missionária da Canção Nova, Fernanda Soares, representará as Novas Comunidades da 
Igreja.

Abaixo segue a programação completa do evento:

- 9h: Acolhida do público e das caravanas. Apresentadores: Leoni e Cidinha (Rádio 9 de julho). Shows: Zé Vicente, Pe. Joãozinho e Cantores de Deus

- 9h45: Abertura oficial (Leoni e Cidinha)

- 10h: Discursos de: Dom Odilo, Dom Eduardo e Pe. Sávio

- 10h30: Apresentadores: Leoni e Cidinha. Shows: Pe. Fábio de Melo, Pe. Hevaldo Trevisan, Pe. Hirala, Pe. Reginaldo Manzoti, Frei Rinaldo e Pe. Juarez de Castro

- 12h - Apresentadores: Diego Fernandes e Netinho. 
Imagens das jornadas da juventude, testemunhos de 2 jovens. Shows de: Olivia Ferreira, Márcio Pacheco e Banda Dom

- 13h15 - Apresentação da Cristo Dance (Dança)

- 13h35 - Apresentação "DDD"

- 13h45 - Apresentadores: Adriano (CN) e Fernanda (CN). CLIP da JMJ em Madri (5 minutos). Dois testemunhos (pessoas que já participara de JMJ). Shows de: Adriana, Eugênio Jorge, particiapação: Dunga e Eliana Ribeiro

- HINO OFICIAL DA PEREGRINAÇÃO DA CRUZ: com Dunga, Eliana Ribeiro, Eugênio e Adriana e após o início da música, entram no palco todos os cantores ;

* A Cruz sairá em carro aberto do Corpo de Bombeiros, entre 14h30 e 15h, do Colégio Liceu Coração de Jesus.

- 15h20: Encerramento da parte do Adriano e Fernanda. Apresentação do Grupo OPA (
terço recitado de forma teatral)

- 16h: Santa Missa

- 18h: Encerramento da Missa

- 18h15: Lançamento oficial da JMJ2013 (Dom Orani), do Site e Redes Sociais. Testemunhos de 2 jovens.

- 18h45: Apresentadores: Gil (CN) e Emanuel (CN). Shows: Canção Nova: Dunga, Eliana Ribeiro, Ricardo Sá e Amor e Adoração

- 21h: Encerramento

Mês da Bíblia...

40 anos do Mês da Bíblia no Brasil

Inicia-se o mês de Setembro, um mês carregado da alegria da primavera e como centro das atenções, nas comunidades, a Bíblia.
A Bíblia é o livro nosso de todo dia. Uma das marcas mais significativas das nossas comunidades, tem sido a recuperação da Bíblia como o livro da caminhada. São inúmeras as iniciativas para que a Palavra seja conhecida. Mesmo assim, é importante dedicar o mês de setembro, para intensificar o estudo e a celebração da Palavra de Deus, da Escritura Sagrada. É como se a primavera aflorasse os corações daquelas e daqueles que amam a Bíblia.
O mês da Bíblia surgiu em 1971, por ocasião dos 50 anos da Arquidiocese de Belo Horizonte, juntamente com o Serviço de Animação Bíblica/Paulinas (SAB/Paulinas), sendo posteriormente assumido como um projeto de Evangelização, pela Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB), abrangendo o âmbito nacional e também outros países da América Latina.
Cada ano é escolhido para o aprofundamento, um tema ou um livro Bíblico, tendo presente a Campanha da Fraternidade ou algum evento relevante para a caminhada da Igreja. 

Neste ano de 2011, a proposta é o estudo de alguns capítulos do Êxodo, a saber, Ex 15,22-18,27, tendo presente o Itinerário da Missão Continental, nessa caminhada de seguimento como discípulos (as) e missionários (as) e o aprofundamento sobre a Iniciação à Vida Cristã. O tema é: Travessia: passo a passo, o caminho se faz e o lema é: Aproximai-vos da presença do Senhor – Ex 16,9.
O Êxodo é um dos eventos fundantes de Israel e fundamental para a fé bíblica. É um acontecimento que perpassa a Bíblia e que nos indica, a cada momento, a ação libertadora de Deus, em favor do seu povo e a certeza de sua presença constante, nos inúmeros êxodos da nossa vida. Portanto, estudá-lo é retornar às nossas origens, é reafirmar em nosso interior a fé num Deus que conhece e escuta o clamor do povo, vê sua aflição e desce para libertá-lo.
Esperamos que você, sua família e a comunidade possam percorrer essa aventura e continuar abraçando, com maior garra, esse processo de adesão ao projeto de Deus-Trindade. E assim, enfrentar criativamente os desafios e, com generosidade e perseverança, ser sementes proféticas de transformação.

Mês da Bíblia 2011
A proposta do mês da Bíblia, para este ano, é o estudo e aprofundamento dos seguintes capítulos do livro do Êxodo: 15,22–18,27. O tema é: Travessia: passo-a-passo o caminho se faz. E o lema: Aproximai-vos da presença do Senhor – Ex 16,9). Tal proposta tem o objetivo de fazer uma ligação entre estes capítulos e o estudo da iniciação cristã, por isso, iremos relacioná-los com passagens que abordam o mesmo tema no Novo Testamento.
O grupo Shemá, do Serviço de Animação Bíblica, SAB, apresenta um subsídio de estudo e aprofundamento destes capítulos, que servirão aos círculos bíblicos, às pastorais e a todos os que se interessarem pelo estudo do tema.
O livro do Êxodo celebra a fé e manifesta a intervenção de Deus, nos acontecimentos humanos. Esta fé nasceu de um acontecimento histórico, em que Deus e o povo se uniram para a conquista da liberdade. Só se entende a fé de Israel a partir deste acontecimento. Deus escuta o clamor do seu povo, escravo e oprimido no Egito, e une-se a ele num ato de libertação, a fim de que o povo possa sair da terra da opressão e conquiste uma terra onde possa viver em liberdade e encontrar a vida.
A travessia do Mar dos Juncos foi a passagem da escravidão, para a liberdade (Ex 14-15). O hino de Ex 15 celebra a presença do Deus libertador, conduzindo e protegendo seu povo.
Após a travessia do mar, durante o longo caminho pelo deserto rumo à terra prometida, os hebreus se depararam com as dificuldades que surgem, durante a passagem da escravidão para a liberdade. Há dificuldades externas e internas, como a escassez de alimentos e a falta de água potável, além de conflitos e perigos por parte dos inimigos.
O povo enfrenta a dificuldade de ser livre e olha para trás, desejando voltar para sua condição de escravo, por medo de enfrentar os novos desafios que a liberdade traz. A escravidão não implica perigos, desde que haja subserviência e obediência cega. A liberdade, por sua vez, implica responsabilidades e riscos. É necessário construir o seu próprio projeto e, para isso, é preciso acreditar em si.
Diante do novo, surge a saudade do antigo, não por ser melhor a condição de antes, mas por ser conhecida. Durante o longo trajeto pelo deserto, o povo é chamado a construir uma sociedade em que não há acúmulo, opressão ou desigualdade, pois cada um recebe exatamente o que necessita para viver (maná), aprende a confiar na fidelidade de Deus e é chamado a obedecer a seus mandamentos.
O Subsídio está dividido em quatro temas, preparados para o estudo e aprofundamento destes capítulos, além de uma celebração final para a conclusão dos encontros.
No primeiro tema, o texto abordará Ex 15, 22-27, relato em que o povo é conduzido por Moisés pelo deserto e passa provações, como a falta de água. A água encontrada era amarga e, portanto, imprópria para o consumo. O povo queixa-se (15,24) ao não encontrar, no deserto, condições de sobrevivência. Moisés intercede a Deus e este o atende, tornando as águas doces. O povo é convocado a escutar a voz de Deus e seguir seus mandamentos (15,26).
Ao relacionar com o estudo sobre a iniciação cristã, podemos coligá-lo com Lc 10, 25-28.
No segundo tema, Ex 16, 1-35, devido a falta de alimento o povo murmura contra Moisés e Aarão (16, 2-3) e mostra-se arrependido por ter deixado a “fartura” do Egito. Então, o Senhor intervém e envia o maná que deverá ser recolhido a cada dia e servirá de alimento para o povo, durante a longa marcha pelo deserto. O maná no deserto prefigura o verdadeiro Pão do Céu, Jesus, conforme afirma João em seu evangelho (Jo 6). O povo aprende a partilhar e a observar o sábado.
No terceiro tema, Ex 17, 1-7, o povo põe em dúvida a assistência divina, devido novamente a escassez de água e mais uma vez murmura, ante os problemas que surgem durante a sua trajetória pelo deserto. O contexto é tenso, há brigas e discussões. Moisés intercede pelo povo e invoca misericórdia. Deus mostra-se fiel e novamente concede ao povo, aquilo que lhe foi pedido. Da rocha brota água que sacia a sede.
Em 1Cor 10, 1-13, Paulo afirma que Jesus é a rocha da qual brotou água. Esses episódios nos remetem ao sacramento do Batismo e da Eucaristia.
No quarto tema, Ex 18, 13- 27, reflete-se sobre a autoridade: comunhão e participação. Diante da missão dada por Deus a Moisés, ele seguiu o conselho do seu sogro e saiu em busca de colaboradores. Este texto dá uma grande lição de comunhão e participação com aqueles que, unidos por uma mesma causa, põe suas forças a serviço e dá a sua contribuição. É preciso saber compartilhar, delegar e confiar. Essas são as bases de um governo sábio. Este texto faz um paralelo com Mc 10, 41-45 no qual Jesus denuncia o poder que tiraniza e oprime.
Na celebração final, aprofundaremos Ex 18, 1-12. Aqui são partilhadas as maravilhas da ação de Deus na vida do povo; as dificuldades encontradas no percurso de libertação e o modo como o Senhor manifestou seu amor e misericórdia. É o momento de louvar e bendizer a Deus por tudo o que ele fez por Israel (18,10) e continua realizando em nosso meio.